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quinta-feira, 25 de março de 2010

Te ver

Te ver e não te querer

É improvável, é impossível

Te ter e ter que esquecer

É insuportável

É dor incrível...
 É como mergulhar no rioE não se molhar

É como não morrer de frio

No gelo polar

É ter o estômago vazio

Não almoçar

É ver o céu se abrir no estio

E não se animar...

Te ver e não te querer

É improvável, é impossível

Te ter e ter que esquecer

É insuportável

É dor incrível...

É como esperar o prato

E não salivar

Sentir apertar o sapato

E não descalçar

É ver alguém feliz de fato

Sem alguém prá amar

É como procurar no mato

Estrela do mar...

Te ver e não te querer

É improvável, é impossível

Te ter e ter que esquecer
É insuportável

É dor incrível...

É como não sentir calor

Em Cuiabá

Ou como no arpoador

Não ver o mar

É como não morrer de raiva

Com a política

Ignorar que a tarde

Vai vadiar e mítica

É como ver televisão

E não dormir

Ver um bichano pelo chão

E não sorrir

E como não provar o nectar

de um lindo amor

Depois que o coração detecta

A mais fina flor...

Te ver e não te querer

É improvável, é impossível

Te ter e ter que esquecer

É insuportável

É dor incrível...









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